terça-feira, 31 de maio de 2016

Oráculos Sibilinos

Oráculos Sibilinos ou Sibilinas Cristãs é o nome dado a um conjunto de oráculos, de origem pouco definida mas com um carácter claramente judaico-cristão, que tiveram larga difusão desde o período anterior à cristianização do Império Romano até finais da Idade Média. Os Oráculos Sibilinos são por vezes incluídas entre as Escrituras Apócrifas.
A designação deriva dos oráculos que eram produzidos pela Sibila (ou pelas diversas Sibilas da antiguidade), profetisas divinamente inspiradas que previam o futuro. Nos tempos anteriores à cristianização, os oráculos produzidos pelas Sibilas eram cuidadosamente guardados (em Roma no Templo de Júpiter Capitolino) e consultados apenas em momentos de grave crise.
Os oráculos, ou o que deles o povo conhecia ou intuía, já que os verdadeiros oráculos eram ciosamente guardados, eram de grande importância na vida religiosa da comunidade e exerciam uma grande influência na opinião pública (no contexto da época). Aproveitando esta popularidade e influência dos oráculos, grupos judeus produziram oráculos (provavelmente por alteração de outros que circulariam) contendo doutrinas e ensinamentos judaicos. Nasceram assim as Sibilinas Judaicas, que rapidamente se tornaram num poderoso veículo de propaganda religiosa.
Com a expansão do cristianismo, as Sibilinas Judaicas foram adoptadas pelos cristãos e novas foram criadas, transformando-se num importante veículo de propaganda da nova fé. Nasceram assim as Oráculos Sibilinos.
Todas elas foram escritas no mesmo estilo, aparentemente entre os séculos I e IV da era cristã (embora algumas sejam provavelmente anteriores a 180 a. C), constando de longas sequências de versos hexâmetros originalmente escritos em grego homérico. O seu conteúdo é muito diversificado, contendo alusões a diversos acontecimentos anteriores, a cidade, imperadores e outros governantes, num contexto de aparente predição do futuro. Muitas estão truncadas ou apresentam indícios de serem a junção de diversas, dados as súbitas mudanças de assunto.
As Oráculos Sibilinos foram frequentemente citadas pelos autores cristãos da antiguidade, incluindo Santo Agostinho. Com a expansão do cristianismo, o interesse pelas Sibilinas foi progressivamente diminuindo, mas ainda assim tiveram ampla difusão na Idade Média. As Oráculos Sibilinos foram utilizadas por diversos pensadores e escritores místicos, particularmente em contextos gnósticos e milenaristas.
A influência das Sibilinas é clara em autores como Joaquim de Flora e Nostradamus. Uma razoável colecção de Sibilinas sobreviveu até aos nossos dias, existindo diversas edições em várias línguas. São conhecidos actualmente 12 livros (embora alguns autores subdividam o Livro VIII em três livros, apontando assim o total como 14 livros).


sábado, 28 de maio de 2016

"DEUS DAS LACUNAS"

"DEUS DAS LACUNAS" 

A história da descoberta, particularmente a descoberta cósmica, mas a descoberta de um modo geral, a descoberta científica, é aquela em que, em qualquer determinado momento, há uma fronteira.
E há uma tendência de existir uma necessidade nas pessoas, especialmente pessoas religiosas, de afirmar que após essa fronteira para o desconhecido, reside a "obra de Deus".

Há quem diga que a matéria escura seja "Deus", se a única razão pela qual a mesma diz isso é porque é um mistério, então prepare-se para quando isso for descoberta.




O que é de fato Apocalipse? Por que cada cultura tem a sua própria visão do termo Apocalipse? Apocalipse significa de fato "Fim do Mundo"?





FONTES
-De onde vem o fascínio das civilizações pela ideia do fim do mundo? http://goo.gl/JRADWF
-The end of the world, A brief history: http://goo.gl/UCyWeR

SAIBA MAIS
-Dicionário Houaiss online
-O fim da Terra e do Céu - A apocalipse na ciência e na religião, de Marcelo Gleiser, editora Companhia das Letras
-Tratado de História das Religiões, de Mircea Eliade, editora WMF Martins Fontes
-O Terceiro Templo: Os Conflitos Àrabe-israelenses E Os Choques Do Petróleo, de Ivan Sant’Anna, editora Objetiva
-Islam: A Very Short Introduction, de Malise Ruthven, editora Oxford University Press 

MATERIAL USADO
-Apocalipse CAPA https://goo.gl/zdfqkW
-Carlsberg Apocalipse http://goo.gl/OPxlCo
-En sabah nur http://goo.gl/S9wFkt
-Oscar Isaac http://goo.gl/cRKdHZ
-Fim do mundo https://goo.gl/CG1G44
-Revelations http://goo.gl/ge5fCS
-Biblia https://goo.gl/Wvxjz8
-A besta https://goo.gl/5MgatZ
-Os quatro cavaleiros http://goo.gl/eDxs30
-x-men 4 horsemen https://goo.gl/PSvTpv
-Apocalypse dc http://bit.ly/1sN4CfQ
-Apocalypse Marvel http://bit.ly/1sxQgiE
-templo de jerusalem https://goo.gl/at0Ze4
-calendario http://goo.gl/YnDJId
-zumbi https://goo.gl/weF3L5
-Ragnarok http://goo.gl/oa1Nru
-odin e thor http://goo.gl/iOK9tX
-lif e lifprasir https://goo.gl/T20CBN
-impacto profundo https://goo.gl/hL9LKv
-Mahdi https://goo.gl/Or7fUx
-Jesus islamismo https://goo.gl/jvq6uEhttps://goo.gl/p...
-Colina de Megido https://goo.gl/Kuv2Lp
-Armageddom https://goo.gl/1JwHKX
-Buddha http://goo.gl/6LVCSm
-2012 https://goo.gl/ea8K11



Pastor Adelio - Deus, o Serial Killer






quinta-feira, 26 de maio de 2016

BORA FALAR UM POUCO DESSA HIPOCRISIA DA "MARCHA PARA JESUS"

BORA FALAR UM POUCO DESSA HIPOCRISIA DA "MARCHA PARA JESUS"

1- Hipocrisia e incoerência

A primeira Marcha Para Jesus aconteceu na década de 80 em solo britânico. No Brasil, sempre esteve vinculada à Igreja Apostólica Renascer em Cristo, fundada pelo casal Hernandez. Não apenas fundada, mas de propriedade dos mesmos.
Acho que não é necessário citar a ficha corrida do referido casal. Réus confessos em solo norte-americano, respondem por intermináveis processos na justiça brasileira. Acredito que o histórico dos líderes desta denominação neopentecostal afaste, obrigatoriamente, qualquer pessoa sã e honesta do simples convívio com a famosa dupla gospel.
Outro fator bastante presente na ideologia formadora da marcha é sua incoerência. Uma análise superficial poderia transmitir a impressão de que se trata de um movimento inovador, moderno e libertário. Afinal, a grande massa presente no evento é formada por jovens. A linguagem utilizada pelos líderes é moderna, desvinculada do convencional discurso religioso.
Os vários grupos musicais fogem do chamado clássico sacro, ou até mesmo dos tradicionais hinos contidos nos vários hinários protestantes brasileiros. Tudo é alegre, direcionado a um público jovem e antenado. Rock, pop, pagode, axé e até funk embalam os jovens que marcham por Jesus. Mas essa linguagem moderna esconde um discurso tão conservador como aquele proferido em uma típica igreja batista texana, com a vantagem de que os batistas texanos não mascaram seu conservadorismo, ao contrário dos teens que marcham por Jesus. Além da clara plataforma homofóbica, representada pelo discurso monolítico do senhor Silas Malafaia, a análise de algumas músicas entoadas por certas bandas comprova essa incoerência moralista de forma clara. A Banda do P.A, formada por integrantes do Ministério de Jovens da Renascer em Cristo, tem uma música intitulada Quem ama espera. Creio que não é necessário transcrever o conteúdo da música. Trata-se de uma ode à virgindade pré-nupcial, refletindo mais o moralismo repressor agostiniano do que o tradicional conceito judaico a respeito da naturalidade de uma vida sexualmente feliz. Pode-se notar que a incoerência é outra característica da Marcha Para Jesus.

2- Evento mercadológico

O forte da Marcha Para Jesus não é a marcha em si, mas o grande show que tem início logo no alvorecer da tarde. Entre um discurso e outro de vários líderes evangélicos, várias bandas de música gospel passam pelo grande palco montado em uma importante praça da zona norte de São Paulo.
Agora se a dupla Hernandes dependesse apenas da Marcha em si, já sabe o que aconteceria, não é mesmo?! rs
Geralmente são grupos vinculados à Igreja Renascer ou a grandes gravadoras do mercado fonográfico evangélico. Apresentar-se na Marcha transformou-se em uma versão crente do Rock In Rio, garantindo aos conjuntos contratos bastante rentáveis e popularidade diante de um público consumidor ávido por esse tipo de música.
Não há espaço para a música evangélica alternativa, desvinculada dos grandes grupos mercadológicos. Muito menos é aberto espaço para grupos seculares que possuam letras belas e nobres. Afinal, tal música não passa de música do mundo, devendo ser evitada por crentes fiéis. A marcha tornou-se o principal evento das ricas gravadoras de música gospel do Brasil.

3 - A falácia promovida com esse show gospel

Se essa tal Marcha fosse mesmo para protestar e promover a contestar as injustiças que rolam aqui em solo brasileiro, por que então não se utilizam desse mecanismo religioso para o bem estar do povo brasileiro?
Durante os anos em que foi realizada em solo brasileiro, nunca nenhum protesto de cunho marcantemente social ocorreu! Nenhuma manifestação condenando mazelas como: racismo, machismo, elevada concentração de terra, analfabetismo, má distribuição de renda. Nada, absolutamente nada! Ao contrário de "Jesus", que levantou sua voz contra uma religião que se aliou com o poder explorador romano, os organizadores da Marcha para Jesus nunca teceram uma crítica pertinente à situação de miséria vivenciada por parcela substancial do povo brasileiro.
Contudo, na edição de 2011, defenderam uma teocracia gospel, criticando a acertada decisão do STF, a respeito da validação das uniões homoafetivas. Afinal, mesmo que não se concorde com o comportamento homossexual, nenhum evangélico deve empurrar suas convicções para todos os segmentos da sociedade brasileira. Não bastando, o discurso homofóbico foi corrente durante todo o evento.
Essa rentável Marcha Para Jesus não afrontou uma sociedade injusta e preconceituosa, mas aliou-se a ela.
Uma Marcha para "Jesus" na verdade sempre esteve fielmente cúmplice com essa sociedade doente, caótica e hipócrita. Apesar que a Marcha é o mais puro reflexo de um povo distante de si mesmo em tudo, onde viver e crer em utopias é bem mais encantadora e confortante do que a realidade de que você é o único que pode fazer a diferença em seu próprio mundo de ser e viver, no entanto é mais fácil ser escravos desses mercenários da fé do que em si mesmo. Por essas e outras razões é que se criam amigos imaginários para realizar todos os desejos das crianças mimadas ainda no jardim da infância.
O povo por sua vez envolvido nesse espetáculo gospel só falam de "bençãos", prosperidade e de se dar bem nada vida, como sempre se utilizando de barganhas com um Ser considerado tão perfeito e amoroso, sendo que até ele aceita subornos de suas avarentas e egóicas criaturas.
Em suma a Marcha nada mais é que uma espécie de um plágio do Ronk in Rio, só que com a embalagem Gospel no final. Como tudo na religião é assim, plágio sobre plágio.
E assim segue a religião refletindo a terrível realidade medíocre de um povo sem direção, sem propósito de vida, sem se importar consigo mesmo em nada que tange a própria livre consciência.
A mente ainda está entupida com a ideia do gênio da lâmpada que irá fazer e realizar todos os desejos. Isso tudo só mostra uma coisa quando as pessoas se tornam auto reféns, vitimizadas por suas próprias crenças culturais delatando explicitamente que elas acreditam em tudo, de forma pronta e mastiga, porém em si mesma isso nunca acontece de se acreditar piamente em si mesma. Onde crer em "Deus" ou alguma coisa semelhante a isso tornou se uma lei para uma sociedade escrava e religiosa, porém para os incrédulos é um crime cometido na visão dos santarrões e detentores da tal verdade absoluta.



segunda-feira, 23 de maio de 2016

MORAL OU IMORAL?! FAZENDO VISTA GROSSA, É OU NÃO É?!

MORAL OU IMORAL?! FAZENDO VISTA GROSSA, É OU NÃO É?!

É imoral ver um cristão ser queimado vivo em uma jaula por "muçulmanos" insanos mas, ironicamente, é moral condenar pessoas ao inferno por não participarem de minha fé.
Devido a doentia cegueira religiosa, é que a humanidade se tornou uma presa fácil de sua própria ilusão, e de uma doença letal chamado "fé". Onde que por sua própria fragilidade é o que reflete a religião de sua própria fraqueza, e a religião nada mais é que o puro reflexo da fraqueza humana, um "esgoto aberto" em que todos estão infectados pelo exalar do mal cheiro que a mesma causa. E é nessa mesma fraqueza e ignorância é que nasceu o medo e a falsa necessidade dos sinaleiros, setas, ou GPS....para conduzir e atrair a distraída e normótica humanidade dada inteiramente a escravocracia religiosa....trilhando um "caminho" sombrio e de morte a ir para o abismo ainda mais depressa para o abatedouro. E a questão da "moral ou imoral" é o vírus instalado em seres religiosamente robotizados a viverem sob ordem da idiotice da fantasia do moralismo sóciorreligioso, que serve apenas para servir de "troféu" para o "gado" religioso, numa corrida maluca, tendo como meio de se destacarem no pódio da ignorância e da coletiva hipocrisia religiosa.

Obs.: Quero deixar bem claro meus caros leitores, que muçulmanos é uma coisa e terroristas oportunistas é bem outra. Nada tem haver uma coisa com a outra.
Os muçulmanos e a religião islâmica infelizmente de forma acintosa tem pela mídia ludibriado as pessoas em não separar desinformando o povo que os muçulmanos e a religião islâmica com os terroristas psicopatas. 
Pesquise sobre o que de fato é mesmo muçulmanos e a religião islâmica. Porque eu tenho visto pessoas achar que quando fala de muçulmanos é como se fosse um terrorista e quando na verdade é uma inverdade. 

Apenas saiba porque os terroristas se valem da religião dos muçulmanos comprometendo algo puramente cultural. 

Clique nesse link e saiba mais sobre o mundo islâmico, porque depois de você assistir esse vídeo, você nunca mais vai vê as coisas do jeito que te venderam a acreditar.....
http://sepultandoasteoriasdaconspiracao16.blogspot.com.br/2016/05/a-islamofobia-deturpada.html#uds-search-results



sábado, 21 de maio de 2016

Mente idólatra

"A mente do homem é como um depósito de idolatria e superstição; de modo que, se o homem confiar em sua própria mente, é certo que ele abandonará a deus e não inventará um ídolo, segundo sua própria razão".


segunda-feira, 16 de maio de 2016

Apolónio de Tiana: rival de Jesus, ou o próprio Jesus?

Apolônio de Tiana (português brasileiro) ou Apolónio de Tiana (português europeu) (em gregoΤυανεα ΑπολλωνιονTiana, 15 d.C. –Éfeso, c. 100 d.C.) foi um filósofo neo-pitagórico e professor de origem grega. Seus ensinamentos influenciaram o pensamento científico por séculos após a sua morte.

Biografia

A principal fonte sobre a sua biografia é a "Vida de Apolônio", de Flávio Filóstrato, na qual alguns estudiosos identificam uma tentativa de construir uma figura rival à de Jesus Cristo. Apolônio também é citado nas obras "A Vida de Pitágoras", de Porfírio, e "A Vida Pitagórica", de Jâmblico. Acredita-se ainda que ele seja o personagem "Apolo", citado na Bíblia em Atos dos Apóstolos e I Coríntios.
Apolônio foi vegetariano e discípulo de Pitágoras, com base no seu escrito, abaixo:
"Por mim discerni uma certa sublimidade na disciplina de Pitágoras, e como uma certa sabedoria secreta capacitou-o a saber, não apenas quem ele era a si mesmo, mas também o que ele tinha sido; e eu vi que ele se aproximou dos altares em estado de pureza, e não permitia que a sua barriga fosse profanada pelo partilhar da carne de animais; e que ele manteve o seu corpo puro de todas as peças de roupa tecidas de refugo de animais mortos; e que ele foi o primeiro da humanidade a conter a sua própria língua, inventando uma disciplina de silêncio descrito na frase proverbial, 'Um boi senta-se sobre ela.' Eu também vi que o seu sistema filosófico era em outros aspectos oracular e verdadeiro. Então corri a abraçar os seus sábios ensinamentos…"
Nascido na cidade de Tiana (Turquia), na província da Capadócia, na Ásia Menor, então integrante do Império Romano, alguns anos antes da era cristã, foi educado na cidade vizinha de Tarso, na Cilícia, e no templo de Esculápio em Aegae, onde além da Medicina se dedicou às doutrinas de Pitágoras, vindo a adotar o ascetismo como hábito de vida em seu sentido pleno.
Após manter um juramento de silêncio por cinco anos, ele partiu da Grécia através da Ásia e visitou Nínive, a Babilônia e a Índia, absorvendo o misticismo oriental de magos,brâmanes e sacerdotes. Durante esta viagem, e subsequente retorno, ele atraiu um escriba e discípulo, Damis, que registrou os acontecimentos da vida do filósofo. Estas notas, além de cobrirem a vida de Apolônio, compreendem acontecimentos relacionando a uma série de imperadores, já que viveu 100 anos. Posteriormente essas notas chegaram às mãos da imperatriz Julia Domna, esposa de Septímio Severo, que encarregou Filóstrato de usá-las para elaborar uma biografia do sábio.
A narrativa dessas viagens por Damis, reproduzida por Filóstrato, é tão repleta de milagres, que muitos a têm considerado como de caráter imaginário. Em seu retorno àEuropa, Apolônio foi saudado como um mágico, e recebeu as maiores homenagens quer de sacerdotes quer de pessoas em geral. Ele próprio se atribuiu apenas o poder de prever o futuro; já em Roma afirma-se que trouxe à vida a filha de um senador romano. Na auréola do seu poder misterioso ele atravessou a Grécia, a Itália e a Espanha. Também se afirmou que foi acusado de traição tanto por Nero quanto por Domiciano, mas escapou por meios milagrosos. Finalmente Apolônio construiu uma escola em Éfeso, onde veio a falecer, aparentemente com a idade de cem anos. Filóstrato mantém o mistério da vida do seu biografado ao afirmar: "Com relação à maneira de sua morte, ‘se ele morreu’, as narrativas são diversas."
Helena Petrovna Blavatsky lembra, acerca de Apolônio, que, se tudo sobre ele "não passasse de uma ficção novelesca, Tito, "mal refeito das fadigas do cerco de Jerusalém, não se apressaria" a escrever ao Sábio, "para marcar um encontro em Argos, e dizer ainda que, sendo ele, Tito, e seu pai devedores de tudo a Apolônio, o seu primeiro pensamento havia de ser dedicado ao seu benfeitor".[
Esta obra de Filóstrato é geralmente considerada como um trabalho de ficção religiosa. Ela contém um número de histórias obviamente fictícias, através das quais, no entanto, não é de todo impossível discernir o caráter geral do homem. No século III, Hierócles esforçou-se para provar que as doutrinas e a vida de Apolônio eram mais valiosas do que as de Cristo, e, em tempos modernos, Voltaire e Charles Blount (1654-1693), o livre-pensador inglês, adotaram um ponto de vista semelhante. À parte este elogio extravagante, é absurdo considerar Apolônio meramente como um charlatão vulgar e um fazedor de milagres. Se descartamos a massa de mera ficção que Filóstrato acumulou, ficaremos com um reformador sincero, altamente imaginativo, que tentou promover um espírito de moralidade prática.
Escreveu muitos livros e tratados sobre uma ampla variedade de assuntos durante a sua vida, incluindo ciência, medicina, e filosofia.
As suas teorias científicas foram finalmente aplicadas à ideia geocêntrica de Ptolemeu que o Sol revolvia ao redor da Terra. Algumas décadas após a sua morte, o [Imperador romano] Adriano colecionou os seus trabalhos e assegurou a sua publicação por todo o império.
A fama de Apolônio ainda era evidente em 272 d.C., quando o imperador Aureliano sitiou Tiana, que tinha se rebelado contra as leis romanas. Num sonho ou numa visão, Aureliano afirmava ter visto Apolônio falar com ele, suplicando-lhe poupar a cidade de seu nascimento. À parte, Aureliano contou que Apolônio lhe disse "Aureliano, se você deseja governar, abstenha-se do sangue dos inocentes! Aureliano, se você conquistar, seja misericordioso!" O imperador, que admirava Apolônio, poupou desse modo a cidade. Também no século III, Flávio Vopisco, em seu escrito sobre Aureliano, cita Apolônio.
Livro de Pedras, do alquimista medieval islâmico Jabir ibn Hayyan, é uma análise prolongada de trabalhos de alquimia atribuídos a Apolônio (aqui chamado Balinas) (ver, por exemplo, Haq, que fornece uma tradução para o inglês de muito do conteúdo do Livro de Pedras).
Devido a algumas semelhanças de sua biografia com a de Jesus, Apolônio foi, nos séculos seguintes, atacado pelos Padres da Igreja sendo considerado desde um impostor até um personagem satânico. Mas houve também quem o exaltou comparando-o aos grandes magos do passado, como Moisés e Zoroastro.
Apolônio faleceu em Éfeso, cerca de 100 d.C.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Apol%C3%B4nio_de_Tiana





Introdução ao Cristianismo, Adão e Eva e entre outros - Stand-Up - Dave Allen (legendado)





sexta-feira, 13 de maio de 2016

O FIM DO MUNDO E OS FANÁTICOS - Parte 1/2




 Professor Samir vai refutar o Fim do Mundo e as religiões fanáticas do Mundo, além, claro, dos Teóricos Conspiratórios.





“A crença no sobrenatural é perigosa”, diz psicólogo

O americano Michael Shermer dedica a vida a combater superstições e acaba de publicar no Brasil o livro 'Cérebro e Crença', no qual estuda as bases neurológicas das convicções

Há trinta anos o psicólogo americano Michael Shermer se dedica a combater superstições. Ele criou uma ONG, uma revista (Skeptic Magazine), sites e programas de TV focados em promover o pensamento científico e desmascarar charlatões. Shermer, que chega ao Brasil no fim deste mês para uma série de palestras, é autor de quinze livros. O último, Cérebro e Crença, foi lançado em português na semana passada. Nesta entrevista, publicada na edição de VEJA desta semana, ele diz que a tendência a se iludir com fantasias é própria do processo mental humano e defende o combate à crendice em favor do progresso.
Por que as pessoas acreditam no inacreditável?
A evolução fez do cérebro uma espécie de máquina de reconhecimento de padrões na natureza. Às vezes, esses padrões são reais, mas na maioria dos casos são fruto da imaginação. Milhões de anos no passado, ao ouvir um barulho vindo da mata, um hominídeo poderia supor que se tratava de algo inofensivo, como o vento. Se estivesse errado, e fosse um predador, correria o risco de ser devorado. Nosso ancestral poderia, por outro lado, imaginar a presença de uma divindade perigosa no mato e se afastar o mais rápido possível.
A segunda opção é a que a maioria adota. Imaginar o perigo e fugir garante a sobrevivência, mas também a ignorância. Ir até o mato verificar do que realmente se trata o barulho exige curiosidade e uma batalha contra os instintos. É nessa categoria, a dos homens que não se rendem a narrativas fictícias, que se encaixa o cientista. Os crentes seguem a trilha inversa, a dos que se contentam com suposições sobrenaturais. É um fenômeno que tem a ver com a química do cérebro: a convicção de que o pensamento mágico é o que basta para a compreensão do universo produz uma sensação de prazer. Ficamos felizes em imaginar que seres místicos, sejam eles deuses ou extraterrestres, se preocupam e cuidam de nós. Não nos sentimos sós.
Como se sabe que o cérebro é propenso a acreditar no fantástico?
A neurociência identifica padrões de ondas cerebrais distintos que nos levam a criar crendices e a ter prazer na constatação de que temos respostas às nossas dúvidas. Em situações extremas, como as enfrentadas por quem está no limite da resistência física ou próximo à morte, o cérebro reage com a redução da atividade na área responsável pela consciência e o aumento em regiões ligadas à imaginação. Essa reação natural está na origem das alucinações. Não há mistério nesse processo. Os cientistas são capazes de produzir visões ou a sensação de transcendência espiritual com o estímulo artificial de certas áreas do cérebro.
O senhor foi um cristão evangélico ativo no esforço de atrair fiéis para sua igreja. Como se tornou um cético?
Somos mais abertos à religião na juventude e na velhice. Naturalmente, no fim da vida é comum procurar por conceitos reconfortantes, ainda que irreais. No meu caso, o apelo da crendice me atingiu na juventude, como uma explicação fácil para tudo o que existe. A religião tem um apelo social enorme. O ambiente alentador de uma comunidade ajuda a afastar as dúvidas até daqueles que não acreditam plenamente no sobrenatural e nos dogmas religiosos. Desvencilhei-me da crença ao entrar para a comunidade científica. O método científico, cujo princípio básico é o de que qualquer afirmação deve ser comprovada em experimentos repetidos, alimenta o ceticismo e favorece o progresso.
O que faz com que a ciência seja a melhor ferramenta para explicar o mundo?
A ciência é democrática. Qualquer um pode estudar e chegar a conclusões racionais. Cientistas estão abertos à possibilidade de estarem errados e, por isso, promovem a invenção e a reinvenção de conceitos. É o que garante o avanço do conhecimento. A crendice é intolerante. Fixa uma verdade e não abre espaço para perguntas. Se nos apegássemos apenas ao sobrenatural, nunca teríamos saído da floresta e criado a civilização.
No mundo moderno, ainda precisamos da crença?
É impossível deixar de crer. A ciência também depende da nossa capacidade de elaborar crenças. Qualquer experimento nasce com uma premissa baseada no que se acredita ser verdade. Ideologias também precisam da habilidade de crer. Eu acredito no liberalismo, na democracia e nos direitos humanos. Podemos, porém, abandonar o que não pode ser explicado, como deuses e bruxos. Não nos faria falta.
Há vantagens na crença?
A evolução nos concedeu a habilidade de acreditar por boas razões. A crença em divindades nos levou a temer o mundo e, com isso, nos ajudou a sobreviver nele. Também contribuiu para a formulação de leis que regiam comunidades primitivas. A moral e a ética nasceram na religião.
Se a ética tem origem religiosa, por que ela prevalece na sociedade laica?
As igrejas se tornaram um fator de corrupção, motivo de guerras e perseguições. Por sorte, presenciamos o declínio da crença no sobrenatural. Países do norte europeu, onde apenas um quarto da população segue alguma religião, têm índices de criminalidade, suicídio e doenças sexualmente transmissíveis inferiores aos de estados em que a maioria dos habitantes é de crentes, como os Estados Unidos e o Brasil. Se a religião se declara um bastião da bondade, por que, historicamente, estados teocráticos são mais suscetíveis à criminalidade do que os seculares?
Apesar de vivermos na era da ciência, cresce a crença no sobrenatural. Por quê?
É verdade que vivemos num mundo em que a ciência faz parte do dia a dia. Todos gostam de iPhones e admiram as naves que pousam em Marte. Mas poucos abdicam de crenças sobrenaturais e aceitam a ciência como ferramenta para explicar o universo. A maioria só quer aproveitar os produtos da ciência. Quando se trata de responder a dúvidas primordiais, como a origem do universo ou o sentido da existência, preferem explicações irreais, mas convincentes em suas narrativas fictícias.
Por que o senhor se dá ao trabalho de combater a superstição?
Sempre me perguntam por que não deixo os crentes em paz. Ocorre que a crença no sobrenatural não é inócua. Ao contrário, é bastante perigosa. Acreditar na dita medicina alternativa é um exemplo. Muita gente morre por substituir o tratamento médico sério por procedimentos supersticiosos, como o consumo de ervas com propriedades supostamente milagrosas.
Não é possível provar a existência de divindades e criaturas fantásticas. O senhor concorda que também é difícil provar que não existam?
O fato de não explicarmos um mistério não significa que ele exija explicações sobrenaturais. Só mostra que ainda não há resposta. O ônus da prova cabe aos crentes. O cético só crê no que é provado. Nesse aspecto, a ciência tem feito bom trabalho ao desmascarar mitos. No passado, já se acreditou que a Terra viajava pelo cosmo no lombo de um elefante. Existem 10.000 religiões. Espanta-me a arrogância de quem supõe que só uma crença seja correta em meio a tantas.
O senhor leva em consideração que pode estar errado?
Assim como todos, só descobrirei a resposta quando morrer. Como cientista, estou aberto à possibilidade de ter me enganado. Se houver um ou vários deuses, ficarei surpreso. Mas não tenho medo. Se há um Deus, ele me deu um cérebro para pensar. Meu pecado seria usá-lo para raciocinar e buscar explicações? Um ser benevolente não me puniria por utilizar bem as armas que me concedeu.

http://veja.abril.com.br/ciencia/a-crenca-no-sobrenatural-e-perigosa-diz-psicologo/

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