Religião significa uma luta contra a vida, pela figura inexistente. Comumente ela significa que "Deus" é a meta e a vida tem que ser negada e enfrentada. A vida tem que ser sacrificada e "Deus" tem que ser alcançada. Essa religião comum não é religião. Essa religião só é uma parte da mente comum, violenta e agressiva.
sábado, 23 de abril de 2016
Se você está aberto para a realidade, não pode haver crença na realidade.
Seu D'us não é d'us coisa nenhuma! Um homem que crê em D'us nunca pode encontrar D'us. Se você está aberto para a realidade, não pode haver crença na realidade. Se você está aberto ao desconhecido, não pode haver crença nisto. Afinal, crença é uma forma de autoproteção psicológica, e só uma mente insignificante pode crer em D'us. Olhem para a crença dos aviadores durante a guerra que diziam que D'us era a companhia deles enquanto lançavam bombas! Então você acredita em D'us quando mata, quando está explorando pessoas. Você adora D'us e vai extorquindo dinheiro cruelmente, apoiando o exército, também diz que acredita em piedade, compaixão, benevolência. Enquanto a crença existir, não pode existir o desconhecido, você não pode pensar no desconhecido, o pensamento não pode medi-lo. A mente é produto do passado, é o resultado do ontem, e pode tal mente estar aberta ao desconhecido? Ela só pode projetar uma imagem, mas essa projeção não é real; assim, seu D'us não é d'us, é uma imagem que você mesmo fabricou, uma imagem de sua própria gratificação. Só pode acontecer realidade quando a mente compreende a totalidade do processo de si mesma e chega a um fim como atividade psicológica. Quando a mente está completamente vazia do psicológico – só então ela é capaz de receber o desconhecido. A mente não está assim purificada do psicológico até compreender o conteúdo da relação – sua relação com a propriedade, com pessoas – até ter estabelecido relação correta com todas as coisas. Até compreender a totalidade do processo de conflito na relação, a mente não pode ser livre. Apenas quando a mente está totalmente serena, silenciosa, completamente psicologicamente inativa, não projetando, quando não está buscando e está inteiramente imóvel – só então aquilo que é eterno, atemporal e infinito surge.
J. Krishnamurti, The Book of Life
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